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POLÍTICAS DE ESPORTE E LAZER NA BAHIA E OS TERRITÓRIOS DE IDENTIDADE
Coriolano Pereira da Rocha Junior, Luan Alves Machado

Última alteração: 2019-09-26

Resumo


Este estudo é parte de uma pesquisa maior, de título “Territórios de Identidade e Consórcios: Políticas Públicas de Esporte e Lazer na Bahia do Centro de Desenvolvimento de Pesquisa em Políticas de Esporte e de Lazer da Bahia (CDPPEL), da Rede Cedes, que prevê o desenvolvimento de estudos diversificados e articulados, nas áreas de esporte, lazer e políticas públicas na Bahia. Se tomou por base a divisão da Bahia por territórios de identidade (Decreto Lei 12.354), construídos com base na identificação de afinidades geográficas, econômicas e culturais dos municípios. Segundo Santos (2000), territórios são: “chão da população, isto é, sua identidade, o fato e o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. O território é a base do trabalho, da residência, das trocas materiais e espirituais e da vida, sobre os quais ele influi” (p. 96). Este estudo previu estas fases: levantamento de dados em sítios virtuais das prefeituras, o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI-BA); aproximação com municípios e visitas. Duas cidades não possuem eGov; dezenove não apresentam informação sobre esporte e lazer; três possuem uma secretaria específica e a maioria gestão compartilhada. Os gestores não possuem formação específica. Há dificuldades na elaboração de projetos e na concorrência de editais. São poucos ou quase nulos os programas e se concentram no público masculino e jovem, no futebol e em competições amadoras. Há presença das lutas, principalmente como uma ação privada, em aproximação com o poder público e a existência de organizações não governamentais, que atraem atividades nas áreas de esporte e lazer.Há problemas com o financiamento, pela ausência de secretarias próprias; há problemas com a formação e experiências de gestores. Existe uma “mistura” entre o público e o privado, com uma confusão e inversão de papéis. Não julgamos esta aproximação e construção de parcerias, problemas em si, apenas apontamos a necessidade de melhor se estruturar papéis e responsabilidades. Nas comunidades, o sentido de território de identidade não tem representatividade, sendo as identidades construídas por proximidades geográficas e relacionais. As maneiras como as políticas públicas acontecem representam as formas e capacidades de se entender os fenômenos esporte e lazer e as relações que estes assumem com a coisa pública e a noção destes como direitos.

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